Sunday, June 15, 2008

Suiça 2-0 Portugal: para acalmar e para não tirar grandes conclusões


Resultado óptimo para refrear certos ânimos. No entanto, daqui não se tirem ilações precipitadas tais como a de se pensar que não existe “segunda linha” na selecção. Um onze que inicia o jogo com 8 alterações face à equipa habitual, não é a mesma coisa que um desses jogadores da chamada segunda linha entrar a meio de um jogo que está a ser jogado pelos habituais titulares.

Em termos colectivos, o meio campo com jogadores mais posicionais como Meira e Veloso acabou por se revelar pouco proficiente em termos de construção, isto apesar de Meira ter cumprido razoavelmente a sua missão. Meireles, o mais dinâmico dos três também acabou por não aparecer no jogo. A entrada de Moutinho explicou bem o que estava a faltar naquele meio campo.

Os processos ofensivos ficaram assim, à semelhança do que já sucedera muitas vezes na fase de qualificação, muito previsíveis, com bolas longas para os alas que facilmente se perdiam, quer por via da acção dos defesas suíços, quer por via das, por vezes, inconsequentes acções dos jogadores que ocupavam essas posições.
Em termos individuais, destaque para Hélder Postiga que esteve em alguns dos melhores lances ofensivos da equipa, tendo inclusive marcado um golo que foi mal anulado pelo árbitro.

2 comments:

Nuno said...

Também gostei do Postiga, mas olha que não somos muitos. Se calhar é por isso que também não há assim tanta gente a perceber por que é que o Nuno Gomes é um bom ponta-de-lança. Quanto ao jogo, concordo contigo. Acho que Veloso, Meira, Meireles, Nani, Quaresma e Postiga são boas segundas opções. Já Bruno Alves e Miguel deixaram muito a desejar.

Um abraço!

Paulo Santos said...

O Quaresma nem por isso, na minha opinião. Um passe de letra durante 90 minutos foi muito pouco. O Veloso e o Meireles também não achei que tenham estado bem, mas têm a atenuante do trio de meio campo, na minha opinião, ser pouco complementar e com pouca criatividade. Já de Quaresma (que tanto tem reinvidicado a titularidade), de quem se esperam desequilíbrios individuais, foi muito, muito pouco...