E siga para Angola que há negociatas e outras lavagens em curso...
Inadmissível a incompetência de Jorge Jesus. O F.C. Porto ganharia este jogo de qualquer forma, quer-me parecer a mim e a toda a gente que vê pelo menos 90 minutos de futebol português por semana. Apesar disto, sem a ajuda de Jorge Jesus, não é crível que a coisa fosse tão fácil, e sobretudo, com contornos de humilhação.
Já não é a primeira vez que Jorge Jesus desenterra os pecados de Quique Flores e os resultados são , naturalmente, um desastre, foi assim em Anfield - embora, em boa verdade, não tenha achado nessa altura que a coisa tenha descambado por aí! - e hoje, então, não sobram dúvidas.
Se tenho criticado Jorge Jesus por algum descuido na abordagem estratégica que tem feito, sobretudo na Europa, isto é, numa certa insistência em jogar sem meio campo, achando que ramires e Dí Maria são substituíveis com facilidade, hoje sou obrigado a apontar-lhe o dedo em sentido inverso, ou seja, quando não havia necessidade de inventar, inventou, ou melhor, copiou opções que se viram desastradas vezes sem conta na era Quique, copiou uma opção que era o mote do anterior treinador do adversário de hoje, sobretudo na Europa - montou um "onze" e uma estratégia fundamentada no medo, no medo de um jogador. E isso normalmente não dá resultado.
Mas não se deve apontar o dedo só a Jesus. A abordagem a este jogo começou por ser logo um disparate em termos da sua organização logística. Toda a verborreia presidencial sobre a segurança ou falta dela nas deslocações ao Norte, bem como todo o aparato terceiro-mundista criado na sua sequência foram mais pontos entregues ao adversário.
Mas, tudo bem, os adeptos do Benfica podem ficar orgulhosos, pois têm um centro documental, o que, na opinião do presidente, vale mais que dois campeonatos...
Parabéns ao F.C. Porto (treinador e equipa) pelo futebol praticado esta época, não obstante os empurrões arbitrais (para a frente a uns e para trás a outros) do início.