Thursday, June 12, 2008

Áustria 1-1 Polónia: a vontade de reentrar na história


Em teoria, os nomes das duas selecções não faziam antever um espectáculo de grande pompa, no entanto, acabou por ser um jogo bastante interessante de seguir.

A primeira parte mostrou-nos a equipa da casa a lutar contra o adversário, mas sobretudo contra as suas próprias limitações, contra a descrença do seu povo e contra o rótulo de “patinho feio”, como que a querer fazer lembrar-nos que em tempos idos, o patinho já foi um belo cisne. A equipa polaca parecia confusa em campo com a avalanche ofensiva dos austríacos que faziam desse modo jus à célebre frase: “ A melhor defesa é o ataque”, proferida pelo seu conterrâneo e mítico treinador do início do século passado, Hugo Meisl. É certo que no meio dessa vontade, luta, e sucessivos ataques à baliza polaca, houve alguma ingenuidade, inexperiência e também alguma falta de capacidade técnica e táctica que acabaram por contribuir para a dura punição do golo que acabariam por sofrer.

A segunda parte foi diferente, o corpo e principalmente a alma foram-se desvanecendo e o adversário foi controlando um jogo que cada vez mais parecia correr-lhe de feição. Só que já nos descontos, o apito do árbitro a assinalar uma grande penalidade, soou como uma trombeta divina a querer aplicar alguma justiça. Agora, as hipóteses de fazer história passam por uma missão muito difícil: vencer a vizinha e nem sempre simpática Alemanha. Mas vasculhando na história destes dois vizinhos do centro da Europa, encontram-se alguns episódios de missões difíceis, impossíveis até, como aquele ocorrido em 1941 em que o Rapid Vienna - o mais emblemático clube austríaco, então incorporado no campeonato alemão, por via da anexação austríaca - foi campeão da Alemanha.

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