
Em teoria, os nomes das duas selecções não faziam antever um espectáculo de grande pompa, no entanto, acabou por ser um jogo bastante interessante de seguir.
A primeira parte mostrou-nos a equipa da casa a lutar contra o adversário, mas sobretudo contra as suas próprias limitações, contra a descrença do seu povo e contra o rótulo de “patinho feio”, como que a querer fazer lembrar-nos que em tempos idos, o patinho já foi um belo cisne. A equipa polaca parecia confusa em campo com a avalanche ofensiva dos austríacos que faziam desse modo jus à célebre frase: “ A melhor defesa é o ataque”, proferida pelo seu conterrâneo e mítico treinador do início do século passado, Hugo Meisl. É certo que no meio dessa vontade, luta, e sucessivos ataques à baliza polaca, houve alguma ingenuidade, inexperiência e também alguma falta de capacidade técnica e táctica que acabaram por contribuir para a dura punição do golo que acabariam por sofrer.
A segunda parte foi diferente, o corpo e principalmente a alma foram-se desvanecendo e o adversário foi controlando um jogo que cada vez mais parecia correr-lhe de feição. Só que já nos descontos, o apito do árbitro a assinalar uma grande penalidade, soou como uma trombeta divina a querer aplicar alguma justiça. Agora, as hipóteses de fazer história passam por uma missão muito difícil: vencer a vizinha e nem sempre simpática Alemanha. Mas vasculhando na história destes dois vizinhos do centro da Europa, encontram-se alguns episódios de missões difíceis, impossíveis até, como aquele ocorrido em 1941 em que o Rapid Vienna - o mais emblemático clube austríaco, então incorporado no campeonato alemão, por via da anexação austríaca - foi campeão da Alemanha.
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