Sensacional e incontestável a vitória do Sporting frente ao poderoso Inter de Milão.
A equipa de Paulo Bento foi a confirmação daquilo que já tinha escrito aqui: dinâmica, mobilidade, densidade, rápida circulação de bola, eficiência nas transições. Tudo isto caracterizou o jogo da equipa sportinguista.
O pressing em profundidade e largura foi também determinante, sempre com as suas linhas muito próximas, o Sporting conseguiu não apenas bloquear as transições ofensivas da equipa italiana, como também recuperar a bola - muitas vezes no meio campo adversário - para iniciar as suas transições. Em suma, está-se a falar aqui de muitos dos princípios da chamada zona pressionante.
O Inter, com um dispositivo táctico semelhante ao da equipa portuguesa, foi a antítese de tudo o que foi referido atrás – defesa à zona, mas muito recuada, com uma pronunciada distância entre linhas, sobretudo a linha “avançada” da equipa que esteve sempre desligada das linhas mais recuadas. O pressing dos italianos foi efectuado mais em largura que em profundidade. Apesar disso, o mérito é do Sporting que terá tido também a vantagem de algo que lhes fora apontado como o seu “calcanhar de Aquiles”: a juventude dos seus jogadores.
Em termos de destaques individuais - e apesar de o maior destaque ter que ser atribuído à organização colectiva - Miguel Veloso foi o pêndulo das transições defensivas e também ofensivas. O jovem jogador, filho do internacional benfiquista Veloso, que o ano passado jogava no Olivais e Moscavide (na 2ª divisão B!), actuou na posição de pivot defensivo, e não apenas correspondeu nas tarefas defensivas, como apoiou a equipa nas acções ofensivas. Atente-se que o jogador, não obstante ser essa a sua posição de formação, tinha vindo a actuar a posição de defesa central, tendo assumido esta nova função nos últimos dois jogos, face à indisponibilidade de Custódio e Paredes.
Quanto ao Inter, refira-se a inovação - face à época anterior em que utilizava um modelo de 4x4x2 clássico - de um novo sistema táctico: o 4x4x2 em losango. Resta saber se terá sido uma opção circunstancial face à ausência de Cambiasso, ou se será mesmo para continuar. Se foi uma opção circunstancial, dá para reflecir sobre um possível desequilíbrio na construção do plantel da equipa italiana.
Outro aspecto a reter prende-se com a proficuidade da utilização de Luís Figo na posição de médio centro ofensivo. Wanderley Luxemburgo teve essa ideia no Real Madrid, ideia que acabou por contribuir sobremaneira para o abandono de Figo do clube madrileno.
queridas!(*)...mudei de casa
14 years ago
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