Thursday, September 28, 2006

Benfica-Manchester United e a inversão de papéis face à época passada

"...Fizemos um jogo que pode ser considerado anti-Manchester, mas precisamos entender que às vezes também é preciso saber defender bem..."

Alex Ferguson


"...Fizeram um pressing louco e causaram enorme turbulência na nossa construção de jogo, embora sem criar reais oportunidades de golo..."

Carlos Queirós


Estas afirmações resumem bem o que foi o jogo de terça-feira entre Manchester United e Benfica. No entanto, não deixa se ser importante referir que o Benfica nunca soube tirar partido da iniciativa de jogo que lhe foi concedida pelo adversário, revelando enormes dificuldades ao nível da construção do processo ofensivo. O pressing em zonas mais adiantadas do campo foi efectuado com relativa eficiência, no entanto, assim que recuperada, a bola raramente seguiu caminhos que desequilibrassem o organizado bloco inglês.

Em relação ao joga da época passada, houve uma clara inversão de papéis, ou seja, a equipa inglesa na época transacta veio a Lisboa fazer o seu jogo "à Manchester" - pegando na expressão de Ferguson - ataque posicional, elevado balanceamento ofensivo, frente a um Benfica mais pragmático, de contra-ataque e ataque rápido. Conclusão: quem nas duas épocas optou pela segunda estratégia, venceu o jogo...

Relativamente ao Benfica, e na sequência do que tenho escrito, ainda há muito trabalho a fazer para chegar ao ponto óptimo de um modelo de jogo totalmente diferente daquele que tem sido utilizado nos últimos anos.

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