O S.L. Benfica conseguiu a passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões, juntando-se assim a F.C. Porto e Sporting.
A classe de Rui Costa foi uma constante até à saída aos 66 minutos para uma justa e estrondosa ovação dos milhares de adeptos que, maravilhados por tudo o que fez em campo, não deixaram de lhe prestar.
Alinhando no habitual sistema táctico dos últimos anos (4x2x3x1) e com o mesmo “onze” que conseguira empatar há 15 dias em Viena, o Benfica teve sempre o controlo e o domínio do jogo, e claro está, a “batuta” de Rui Costa que deliciou os adeptos do clube e do futebol em geral. O maestro “empurrou” a equipa através de passes curtos e longos, “rasgos” individuais e a sua extraordinária visão de jogo. A bola sempre que saía dos seus pés quase sempre desembocava numa jogada de perigo para o adversário. Tudo isto culminado com um excelente remate à entrada da área que resultou no primeiro golo, acção que teve a importância directa de abrir o marcador no jogo de ontem, mas também, de ter constituído um momento revestido de enorme importância do ponto de vista simbólico.
Rui Costa empolga o público, mas também os companheiros e para além disso, o Benfica colmatou uma grande insuficiência patenteada durante os últimos anos ao nível do seu jogo: a transição defesa-ataque.
Em termos individuais, destaque também para Nuno Gomes, sempre activo, em permanente movimento e denotando um entendimento perfeito com Rui Costa.
Nas alas, Manú, um velocista que acelerou o jogo sempre que pôde e sempre que se impunha em jogadas de um-contra-um (e foram várias essas situações).
Paulo Jorge, bastante influente na movimentação sem bola, sempre muito móvel, criou muitas vezes linhas de passe, fundamentais na fase ofensiva do jogo da equipa. A disponibilidade que manifestou em recuar no terreno foi sempre, também, muito valiosa em termos defensivos.
No meio campo, para além da habitual entrega de Petit, katsouranis, que começou lentamente a assumir grande importância nas acções de recuperação da bola. Extraordinária a capacidade do grego, de adivinhar o espaço onde a bola vai parar, antes da mesma partir dos pés do adversário.
Em termos colectivos, deixo aqui as palavras de Fernando Santos que resumem bem o que penso e que vão ao encontro do que já foi referido em posts anteriores.
Pergunta: A equipa já se adaptou à táctica?“…em termos de filosofia e modelo, estávamos claramente a chegar lá. Hoje conseguimos pegar mais à frente, pressionar mais alto…É isso que permite mandar no jogo…”
No comments:
Post a Comment