Wednesday, April 29, 2009
Meias-finais da Champions League - Preâmbulo
Thursday, April 16, 2009
Belenenses - Declínio de um histórico *

O enfraquecimento gradual do Clube Futebol Os Belenenses deve-se, em boa parte, à complacência e má politica dos sucessivos dirigentes que têm passado pelo emblema do Restelo. O clube parece carregar uma cruz, que ironicamente faz parte do seu emblema.
Esta época é um exemplo claro destas dificuldades, com a equipa a agonizar no fundo da tabela classificativa. E o mais paradoxal é o facto de ter vindo de duas temporadas extraordinárias, onde, inclusive, regressou às competições europeias e marcou presença numa final da Taça de Portugal. O problema é que este ano, para além do abandono do treinador Jorge Jesus, saíram do plantel 19 jogadores, tendo entrado 17 novos atletas, quase todos oriundos do futebol brasileiro – muitos vindos de divisões secundárias, outros das reservas de alguns clubes do Brasileirão.
Face a esta profunda transformação, o futebol da equipa afigurou-se pouco consistente e provocou os maus resultados sofridos nas primeiras jornadas. O treinador brasileiro Casemiro Mior acabou por ser dispensado, sem grande surpresa, tendo entrado para o seu lugar, o já experimentado nestas lides, Jaime Pacheco. O treinador nortenho de imediato começou a trabalhar na construção de uma equipa à sua imagem, recorrendo ao mercado de Inverno para realizar os necessários ajustes nesse sentido. O problema é que enquanto este complicado empreendimento foi ganhando forma, o campeonato não parou, e com isso o clube azul foi perdendo terreno até acabar por se fixar nas sufocantes posições do fundo da tabela. Nesta altura, o espectro da quarta descida de divisão da sua história é uma constante no dia-a-dia do clube.
Princípio da ruína
A queda do Belenenses tem início ainda na década de 80, com a primeira descida de divisão na história do clube. O desastre ocorreu na temporada 81/82 durante a qual, a equipa conheceu sete treinadores, entre os quais Artur Jorge e Nelo Vingada. O inferno da segunda divisão durou duas épocas.
O abandonado campo das Salésias, antiga casa do Belenenses, assemelha-se à perda de importância que o clube tem vindo a sofrer no futebol nacional.
A seguir a esta tempestade, porém, veio uma agradável bonança. O clube reergueu-se e atingiu boas classificações, como um brilhante 3.º lugar em 87/88. Foram também atingidas duas finais do Jamor, sendo que numa das vezes, na época 88/89, o troféu foi mesmo conquistado pelos azuis – o último grande troféu oficial conquistado (vitória frente ao Benfica por 2-1). Também nesse período, as noites europeias voltaram a animar o Estádio do Restelo, com particular destaque para uma eliminatória com o Barcelona que terá promovido, talvez, a última grande enchente. Neste Belenenses, orientado por Marinho Peres, sobressaíam jogadores como Mladenov, Sobrinho, José António, Chiquinho Conde, entre outros. Findo este período, porém, o clube voltaria a cair nas profundezas da Liga de Honra em mais duas ocasiões (90/91 e 97/98). O regresso às competições europeias e a uma final da Taça de Portugal aconteceu apenas recentemente, com Jorge Jesus. Pelo meio houve uma época (95/96) em que, pela mão de João Alves – com jogadores como Ivkovic, Fernando Mendes, Tulipa, Giovanella, Mauro Airez, entre outros – os azuis mantiveram, com o V. Guimarães, uma luta árdua por um lugar de acesso à Europa. Levaram a melhor os homens do Minho, contudo essa equipa garantiu um lugar no cantinho das boas memórias dos adeptos belenenses.
Na actualidade os adeptos do clube continuam a reclamar o estatuto de quarto grande do futebol português, mas apenas a história consegue legitimar tal posto, já que no campo esse estatuto tem sido disputado de forma mais justificada por V. Guimarães, Braga e Boavista (antes da recente queda ao segundo escalão).
O declínio competitivo do futebol do Belenenses, associado ao amadorismo e aventureirismo de muitas das suas direcções, e também às questões relacionadas com o envelhecimento demográfico da população lisboeta, tem levado ao contínuo afastamento dos adeptos do clube – algo que é bem visível de 15 em 15 dias nas despidas bancadas do Estádio do Restelo. O clube de Belém corre o risco de se transformar num resíduo simbólico e histórico, tal como o seu primeiro campo de futebol – as abandonadas e degradadas Salésias.
* Texto publicado em
Monday, April 13, 2009
Corinthians - Uma proposta táctica diferente para conquistar o Paulistão

O jogo de ontem cumpriu com uma das regras basilares do actual futebol brasileiro – muita luta a meio campo, alicerçada na rigidez das marcações individuais. No entanto, do lado do "timão" havia qualquer coisa de pouco habitual no futebol brasileiro dos três “zagueiros”. Mano Menezes estruturou – à semelhança do que tem feito noutros jogos – a sua equipa num sistema de 4-3-3 que, pressionando alto, obrigou o tradicional 3-5-2 do S. Paulo a transformar-se num expectante 5-3-2, pois a permanente procura da profundidade pelos corredores laterais, através da velocidade de Dentinho e Jorge Henrique, obrigava os laterais são-paulinos a terem mais preocupações defensivas do que seria habitual. A equipa do Parque São Jorge teve assim um domínio claro do jogo face a um S. Paulo que ficava assim condicionado a procurar surpreender em contra-ataque ou através de bolas paradas.
Tuesday, April 07, 2009
Breves notas sobre o Manchester United - FC Porto
2) Fernando foi, do ponto de vista individual, a unidade em evidente destaque pela positiva.
3) O mais recente ídolo da imprensa lusa conseguiu uma soma de disparates absolutamente notável. Quando mais deu nas vistas, foi quando manifestou a sua patética tendência mártir, que nestes palcos não parece ser muito bem sucedida...
4) Ferguson, agora na recta final da sua carreira, optou por dar um valente pontapé na filosofia que sempre defendeu e que pôs em prática no clube, para se render ao pragmatismo, resultadismo, defensivismo, ou será mesmo cobardia? Herança de Queiroz?
Wednesday, April 01, 2009
ANUÁRIO FUTEBOL MUNDIAL 2008/09 (Rui Malheiro, QuidNovi, 2009).

O futebol português visto à lupa: Liga Sagres, Liga Vitalis, II Divisão, Taça de Portugal, Taça da Liga, Liga Intercalar e Supertaça. A actividade das Selecções nacionais: dos sub-15 aos AA. Os campeonatos de mais de 100 países. Tudo sobre o futebol inglês, italiano, espanhol, francês, alemão, brasileiro e argentino. As provas internacionais de clubes e selecções. O perfil de cerca de 1000 jogadores de todo o Mundo ao longo de 816 páginas.
"Estou feliz por ver um sonho realizado e contente por uma obra tão rica aparecer em Portugal. É um documento fantástico, de enorme valor, que resulta de uma pesquisa exaustiva e que demonstra a dedicação ao futebol por parte do autor. Trata-se de uma obra que tem um largo campo de interesse. Para mim, como treinador, é uma ferramenta de consulta extremamente útil, como também não tenho dúvidas de que o será para os diversos agentes desportivos - clubes, treinadores, jogadores, jornalistas e adeptos -, que passam a ter em mãos um vasto documento com informação organizada sobre os intervenientes dos principais campeonatos".
Paulo Sousa
"À estatística, comum aos dois almanaques internacionais mais conhecidos, decidimos juntar a táctica, a análise e a prospecção de jogadores, com o objectivo de enriquecer a obra, conferindo-lhe um carácter único".
Rui Malheiro
Decorreu ontem a cerimónia de lançamento desta magnífica obra e eu tive o privilégio de ter estado presente. Para além de passar a ter este importante documento na minha estante, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o seu autor - alguém por quem já nutria particular admiração, por via de muitos dos seus trabalhos, disponíveis online, tais como o mítico terceiro anel e o playmaker.
Monday, March 30, 2009
Barcelona – O último refúgio do futebol-arte *

Johan Cruijff
* Texto publicado em

Sunday, March 29, 2009
Tuesday, March 24, 2009
Leituras
O que mais incomoda Soares Franco não é o penaltie assinalado por Lucílio Baptista. Soares Franco está realmente furioso é por ter aceite fazer parte da direcção da Liga e isso não se ter transformado em benefício do Sporting na arbitragem. Só assim se justifica a saída dos Leões daquele órgão directivo. E não adianta vir agora dizer que há várias razões pois, na verdade, quando se assistiu ao triste espectáculo que constituiu o processo Apito Final e a forma como foi conduzido no seio da Liga e até da Federação, ninguém ouviu Soares Franco queixar-se de arbitrariedades e injustiças. A dramatização para justificar uma derrota que nem chega a ser injusta (apesar do penaltie) pode servir para que esqueçamos momentaneamente as vergonhosas cenas de indisciplina que os jogadores do Sporting protagonizam desde o início da pré-época, mas não nos farão esquecer a ausência de posição de Soares Franco em todas elas, atirando para cima do seu conflituoso treinador sucessivos problemas que foi sendo incapaz de resolver. Aparecer agora aos gritos, como fazer parte da direcção da Liga, não vai devolver vitórias ao Sporting e esse é o erro estratégico de Soares Franco. Ao contrário do que possa parecer, ele ainda não percebeu que os jogos e os campeonatos se ganham no campo. E é por isso que vai continuar a perder.
Publicada por Nuno Nogueira Santos em A outra varinha mágica
E sobre isto, sportinguistas, o que dizem?
Vukcevic puxa calções de Maxi Pereira
Enviado por nsalta
Monday, March 23, 2009
O maior erro de arbitragem

Sempre que o Sporting Clube de Portugal é prejudicado com uma decisão de arbitragem, cai o Carmo e a Trindade. Já se sabe. É assim há muitos anos, desde o início da história do clube.
O árbitro errou ao assinalar a grande penalidade? É óbvio que sim. Tal como errou ao não mandar Polga tomar banho mais cedo, e mais ainda, em deixar que alguém mais especializado em artes marciais, provocações e teatro do que futebol, ficasse em campo até ao final do jogo. Mas é claro que o lance que merecerá toda a espécie de crítica será aquele que prejudicou o clube de Alvalade. E o pior de tudo é que a coisa ocorreu num jogo frente ao Sport Lisboa e Benfica e, pior ainda, valia uma taça.
Um pouco de história
O clube que foi fundado com o propósito de roubar o protagonismo que o Benfica vinha ganhando no futebol lisboeta, depois de aliciar e recrutar os seus melhores praticantes, cedo se iniciou em comportamentos que redundavam numa espécie de esquizofrenia paranóide face ao rival. Não havia um confronto vencido pelos encarnados que não merecesse acesa contestação por parte do clube do Visconde de Alvalade.
Logo ao quarto confronto entre Benfica e Sporting, após um penalty pretensamente mal assinalado por um árbitro inglês e cuja conversão deu a vitória aos encarnados, os leões indignam-se e desistem do campeonato, isso apesar da atitude cavalheiresca do Benfica que declina o direito ao golo e consequentemente recusa a legitimidade da vitória.
Mas há muitos outros episódios em que os sportinguistas, sentindo-se injustiçados, optam pelas faltas de comparência, ou pelos abandonos de campo a meio dos jogos.
Claro que quando as decisões polémicas eram em seu benefício, os procedimentos não coincidiam propriamente com este padrão de comportamento, bem pelo contrário. Há um episódio pitoresco, ocorrido num encontro frente ao Cruz Negra, em que a equipa sportinguista obtém um golo na sequência de uma tabela com uma das árvores plantadas em redor do recinto de jogo. A comunicação que o clube mais tarde produziu em resposta a toda a polémica e discussão que naturalmente este lance provocou, foi a seguinte: «1º - O referee não apitou e, como tal, o jogo devia continuar; 2º - Em igualdade de circunstâncias, quando a bola bateu nas árvores do lado do campo, caindo na volta dentro do jogo, não era considerada fora.» *
De volta ao presente
Há, portanto, como que uma idiossincrasia genética na instituição que explica toda a bizarria a que se assiste desde Sábado passado. A tese, que está a ser veiculada por muitos, de que o árbitro auxiliar teria informado Lucílio de que não era penalty, numa tentativa óbvia de produzir a maior suspeição possível – transformar o erro involuntário em voluntário – chega a ser risível.
Alguém se recorda das reacções que os responsáveis leoninos tiveram aquando daquele penalty assinalado na sequência de um autêntico mergulho de Silva na relva da Luz, na época 2003-2004? Ou daquele que terá sido o penalty mais grotesco da história do futebol português relativamente a uma pretensa falta sobre Jardel na época 2001-2002?
Os responsáveis leoninos esquecem-se até de alguns incidentes engraçados, ocorridos durante o percurso da equipa até à final algarvia, como aquele golo obtido num fora-de-jogo de quilómetros em Vila do Conde.
Por último, há uma reflexão pertinente a fazer. Lucílio Baptista é um daqueles árbitros que se formou à sombra daquilo a que alguns (sportinguistas também) chamaram de “sistema”, algo que tem merecido o maior alheamento estratégico por parte dos actuais dirigentes. Portanto, há em tudo isto, uma inevitável e profunda ironia.
Homero Serpa, História do Desporto em Portugal – Do Século XIX à Primeira Guerra Mundial, Instituto Piaget, Lisboa, 2007
Friday, March 13, 2009
Hegemonia do futebol inglês!?

A Premier league é a liga europeia que alberga o maior número de jogadores estrangeiros. Fenómeno que é transversal a todos os clubes que a compõem, ao contrário da liga espanhola ou italiana, em que os candidatos ao título são aqueles que concentram um maior número de estrangeiros nos seus plantéis, algo que não encontra paralelo nos clubes "médios" e "pequenos". Esta situação tem tido, naturalmente, os seus custos para o futebol inglês, sobretudo ao nível do futebol de selecções. A suprema ironia reside no facto de aquele país que sempre olhou sobranceiro para o futebol praticado para lá do canal da mancha, ter acabado por se render a esse futebol e inclusive recrutar seleccionadores estrangeiros.
Voltando ao big four. Com excepção do Manchester United, qualquer semelhança com o futebol praticado pelas restantes equipas e aquilo que são (ou eram) as idiossincrasias do futebol inglês (ou britânico), só pode ser mera coincidência. E mesmo o Manchester United, nos últimos tempos, viu-se na contingência de ter que continentalizar um pouco mais o seu futebol.
O Liverpool então é a verdadeira antítese daquilo que ficou consolidado como o estilo inglês, para o qual, aliás, o clube de Anfield foi um importante contribuinte. Mantém-se o The Kop, o hino You never walk alone e a estátua de Shankly, num estádio onde agora, diariamente, se encontra um astuto treinador espanhol que, sempre de faces rosadas e bloco na mão, criou uma fortaleza futebolística, avessa a grandes espectáculos, mas que é terrivelmente eficaz, sobretudo em provas a eliminar. Falta-lhe ainda saber ser regular, mas essa é uma outra história…
O Chelsea, já antes de Mourinho, era um clube com uma certa tendência “internacionalista” – desde os tempos de Vialli, Gullit e Zola. Depois com Ranieri, e sobretudo José Mourinho, o clube adoptou um estilo futebolístico que também pouco ou nada tem a ver com um “estilo britânico” de jogar futebol.
O Arsenal de Wenger é talvez o produto mais contrastante com aquilo que será o “estilo inglês”. Futebol apoiado, de pé para pé. Um futebol que faz do controle de bola o seu grande e único axioma.
Há ainda outro aspecto que merece reflexão. Para além do big four, o que facilmente se constata é uma certa "leveza" competitiva dos clubes ingleses nas competições europeias (vulgo Taça Uefa).
Portanto, é algo delicado falar de hegemonia do futebol inglês, com excepção daquela época em que a Europa se rendeu verdadeiramente a um domínio avassalador de clubes ingleses, com treinadores ingleses (ou pelo menos britânicos), jogadores ingleses e um estilo futebolístico muito seu e muito próprio – o verdadeiro estilo inglês. Foi a época do brilhante Liverpool de Paisley, do Notthingham Forest de Brian Clough e do Aston Villa. Em nove épocas, esse futebol conquistou sete Taças dos Campeões Europeus.
Wednesday, March 11, 2009
Hecatombe leonina na Liga dos Campeões: um contributo sério para explicar o sucedido

Friday, March 06, 2009
Entrevista de Queiroz ao "Pontapé de Saída"

Nada de novo. O mesmo estilo monocórdico e sorumbático de sempre que só não me fez travar uma luta árdua para não adormecer devido à referida inflamação que me assola. Quanto à essência, desta vez o professor optou por não atacar o seu antecessor, algo que, para além de não lhe ficar bem, não o tem favorecido nada, pelo contrário. Em síntese, foi um Queiroz demasiado justificativo, como bem fez questão de referir Camilo Lourenço, que por tal heresia, recebeu de pronto, uma séria reprimenda de Luís Freitas Lobo…
No meio do seu enfadonho discurso, percebe-se que o professor assume o grande objectivo de qualificar a selecção para o próximo mundial de futebol, mas também fica implícita a ideia de estar a iniciar um trabalho à semelhança do que foi feito há 20 anos atrás. Só não conseguiu foi explicar como é que, com os óbvios apertos relativos ao primeiro objectivo, poderão ser as duas coisas conciliáveis. Aliás, essa questão custou-lhe uma das poucas interpelações difíceis por parte dos comentadores residentes do programa (em particular Luís Freitas Lobo), e de facto, o professor não se saiu nada bem. E não se saiu bem, porque simplesmente seria impossível sair-se bem. Ele próprio numa das muitas entrevistas que deu durante a última semana, afirmou que foi contratado exclusivamente para preparar a Selecção A para as competições e somar pontos e que só se pronunciaria sobre as matérias que interferem a curto ou a médio prazo com o rendimento dessa equipa, se lhe perguntassem…ora isto é um contra-senso enorme.
A ideia que fica é a de que Queiroz, quando assinou o contrato com a Federação, estaria focado em ser só seleccionador nacional, com a assunção clara dos objectivos imediatos da qualificação para o mundial de África do Sul, no entanto, como as coisas têm corrido mal e as hipóteses de qualificação estão seriamente comprometidas, o professor começou a adoptar uma estratégia, de alguma maneira justificativa, ou seja, antevendo a previsível catástrofe da não qualificação, tem o argumento de que tem estado a trabalhar nos alicerces para o futuro – só à luz disto se percebe a estapafúrdia convocatória para o jogo com a Finlândia.
Depois veio a questão Liedson, e aqui, mais uma vez, e tentando escapar airosamente à questão de fundo numa primeira instância, acabou por entrar mais uma vez em contradição, e neste particular sem ter a ajuda dos seus auxiliares no programa…
Em suma, nada de novo, tal como referi no início. Apenas é de espantar a insistência em certas ideias profundamente descabidas como aquela de se acreditar que Queiroz seleccionador nacional A, possa cumprir com as exigências do cargo e ainda tenha que ser o renovador de todo o futebol nacional…
Thursday, February 26, 2009
Taça Uefa - 16 avos de final: uma observação
Verifica-se existir, assim, uma situação diversa à que ocorre na Liga dos Campeões, onde, ano após ano, assistimos a uma passeata dos grandes clubes das ligas italiana, espanhola e inglesa.
É de assinalar, também, o ressurgimento dos clubes de leste, algo que já vem sendo uma tendência nos últimos anos. Da antiga URSS, estão presentes cinco clubes. Depois há de tudo um pouco: turcos, portugueses, alemães, franceses e até um surpreendente Aalborg, representante da Dinamarca que “despachou” o Deportivo de Espanha por concludentes 6-1 no total dos dois jogos!
Esta situação permite-nos, facilmente, concluir que o formato da prova maior deveria ser forçosamente alterado. A grande diferença entre as “grandes ligas” e as outras, reside mais nos topos das tabelas classificativas, onde se encontram, precisamente, aqueles que têm acesso directo ou semi-directo à prova, porque quanto ao resto, as diferenças são ténues ou mesmo nenhumas. Torna-se evidente que seria mais interessante que pudessem entrar mais equipas campeãs de outras ligas que não as primeiras do ranking, restringindo e limitando as entradas oriundas destas. Penso que isto seria algo próximo do que Platini já defendeu há uns tempos atrás. Claro que uma alteração dessas teria implicações financeiras já não tão interessantes para os senhores do futebol…
Sunday, February 22, 2009
Curtas, grossas e sem "floreados" sobre o derby
Porque é que o Sporting ganhou ao Benfica, e com contornos de "banho de bola" na segunda metade do jogo?
1) Porque jogou com um defesa lateral esquerdo nessa posição;
2) Porque jogou não jogou com um médio centro no lado direito do meio campo (no caso até poderia, pois o sistema contempla apenas médios interiores, a situação paralela seria jogar com um extremo como interior direito);
3) Porque o seu maior goleador não inicia o jogo sentado no banco de suplentes;
4) Porque há aspectos estratégicos (não estruturais) que mudam consoante o adversário.
Friday, February 20, 2009
Derby

À semelhança de outros derbys, o Sporting-Benfica ou Benfica-Sporting, acarreta uma carga simbólica e social que lhe transmite grande parte do seu encanto. Amanhã a cidade e o país dividem-se. De um lado, o clube nascido no seio da plebe, do outro, o clube fundado pela nobreza. Hoje, apesar de mais esbatidas essas diferenças, ainda se mantêm, e manter-se-ão naturalmente, óbvias reminiscências dessa génese social.
Para o jogo ninguém arrisca prognósticos, muito menos certezas, escapam apenas uns quantos mitos, como aquele que sustenta o favoritismo do antagonista que se encontra em “pior”momento…eu também não me atrevo a fazer a mais leve consideração a esse respeito, contudo, subscrevendo Afonso de Melo quando diz que o derby é como um romance cheio de personagens, tenho a certeza de que o que ficará para a história, será construído pelas personagens principais deste romance eterno: Suazo, Moutinho, Aimar, Liedson…
Tuesday, February 10, 2009
Os bravos do pelotão
Espero ansiosamente pelas reacções daqueles indivíduos que, despudorados, têm vindo a berrar, pateticamente, desde o Benfica-SC Braga, à semelhança do que já tinha sido feito durante toda a época 2004-2005. É preciso ter coragem para fazer este papel, quando se é adepto de um clube cujo presidente se encontra “suspenso” pela prática de corrupção desportiva.
Neste sentido, por exemplo, Rui Moreira é um bravo. Nos últimos tempos, o ilustre comentador tem revelado uma excitação, que até nem é habitual nele, barafustando, fazendo trocadilhos com a palavra “calabote”, entre outras recreações. É preciso audácia, de facto, para andar a figurar em público com um argumentário que se restringe ao desgraçado do Calabote num dos pratos da balança, quando no outro prato existem os casos Calheiros, os “quinhentinhos”, a agência Cosmos, o guarda Abel, a “fruta”, e tantos outros episódios que constituem a vergonha do futebol português das últimas décadas, e que este senhor e outros ignoram de forma olímpica.
Entretanto, Jesualdo Ferreira continua a brindar-nos com o seu já vasto repertório de velhacarias. Agora o professor, para além do futebol, parece também ter estendido os seus conhecimentos ao domínio da Física e quis partilhar as suas recentes descobertas com o grande público.