Tuesday, February 10, 2009

Os bravos do pelotão

Falar em blocos altos ou baixos ou pressing zonal em largura ou profundidade, deixa de fazer qualquer sentido quando um descarado embuste é sancionado por um árbitro, que desse modo, acaba por ter influência directa e objectiva no resultado do jogo.

Espero ansiosamente pelas reacções daqueles indivíduos que, despudorados, têm vindo a berrar, pateticamente, desde o Benfica-SC Braga, à semelhança do que já tinha sido feito durante toda a época 2004-2005. É preciso ter coragem para fazer este papel, quando se é adepto de um clube cujo presidente se encontra “suspenso” pela prática de corrupção desportiva.

Neste sentido, por exemplo, Rui Moreira é um bravo. Nos últimos tempos, o ilustre comentador tem revelado uma excitação, que até nem é habitual nele, barafustando, fazendo trocadilhos com a palavra “calabote”, entre outras recreações. É preciso audácia, de facto, para andar a figurar em público com um argumentário que se restringe ao desgraçado do Calabote num dos pratos da balança, quando no outro prato existem os casos Calheiros, os “quinhentinhos”, a agência Cosmos, o guarda Abel, a “fruta”, e tantos outros episódios que constituem a vergonha do futebol português das últimas décadas, e que este senhor e outros ignoram de forma olímpica.

Entretanto, Jesualdo Ferreira continua a brindar-nos com o seu já vasto repertório de velhacarias. Agora o professor, para além do futebol, parece também ter estendido os seus conhecimentos ao domínio da Física e quis partilhar as suas recentes descobertas com o grande público.

1 comment:

Nuno said...

Acho que o adjectivo "velhaco" cai muito bem no Jesualdo. Nesse aspecto, admiro muitíssimo o discurso do Quique, que não entra em polémicas. Outro dos argumentos que os portistas usam para justificar o facto de não terem sido beneficiados é que, apesar de concederem que esse lance, de facto, não é penalty, tinha havido outro na primeira parte, portanto é justo. Ora, o lance da primeira parte, que toda a gente diz que é penalty do Reyes sobre o Lucho, não é penalty coisíssima nenhuma. Se reparassem no lance e não perdessem o tempo todo a tecer elogios à honestidade e à seriedade do Lucho, teriam visto que o argentino cai fracções de segundo depois do toque do espanhol, não havendo qualquer relação de causa/efeito. Lucho sente um toque e, instintivamente, deixa-se cair. Isto é claríssimo. O toque não é suficiente para que ele caia ou para que não possa jogar a bola nas condições ideais. É um toque, como tantos outros em futebol. A reacção instintiva do Lucho, a de cair, foi depois racionalmente corrigida, equilibrando-se e continuando a jogada.

Resumindo, não acho que falar de arbitragem ajude, até porque é das principais razões para que a arbitragem em Portugal seja má. Também não acredito, salvo alguns casos, que os árbitros errem propositadamente. Também acho que um lance que decide um jogo não deve servir para avaliar uma prestação durante 90 minutos. Errar todos erram e se há coisa para a qual este clássico deveria servir era para fazer ver que uma equipa que é beneficiada um dia pode bem ser prejudicada noutro dia. Desta vez, o Benfica foi prejudicado; em casa contra o Braga foi beneficiado. É futebol. É assim mesmo.