"...Karagounis é um jogador de explosão, indomável, daqueles que se ri dos sistemas tácticos e, em campo, adquire várias personalidades..."
Luís Freitas Lobo
Pouco utilizado por Koeman, Karagounis parece ter adquirido, nesta fase inicial da época, um protagonismo dentro de campo mais condicente com as expectativas que criara junto dos adeptos encarnados.
Uma das conclusões que se pode retirar das últimas exibições do grego é a sua polivalência. Karagounis pode ocupar qualquer posição do meio campo com igual eficiência. Quando chegou ao Benfica, foi-lhe atribuído o número 10, na camisola e na função, contudo, não se pode considerar, de maneira nenhuma, que seja um nº 10 clássico. A questão é precisamente essa: como definir, em termos futebolísticos, Karagounis? Não é um 10 (falta-lhe maior criatividade e visão de jogo), mas pode jogar no espaço tradicionalmente ocupado por esse jogador, em função da sua capacidade de controlo de bola, pela forma como marca o ritmo de jogo, e pelo seu forte remate de longa ou curta distância. Pode também jogar como médio interior, dada a sua qualidade ao nível do transporte de bola. É também um jogador com boa capacidade de passe (curto ou longo). Mas o que mais ressaltou dos últimos jogos do grego, foi a sua disponibilidade defensiva, tendo inclusive, jogado na posição de médio mais recuado, no jogo frente ao Desportivo das Aves, e com reconhecida eficácia. Já no jogo frente ao Manchester United, Karagounis recuperou muitas bolas ao adversário, tendo sido um autêntico “tampão” na zona intermédia do campo. Atente-se que foi após a sua saída que os ingleses começaram a trocar a bola com maior facilidade, fazendo-a chegar, com perigo, à grande área encarnada. Karagounis, neste Benfica pode perfeitamente ocupar qualquer posição do meio campo, mas eventualmente, e tendo em conta o sistema de jogo, poderá encaixar de forma proficiente num dos vértices adiantados do triângulo invertido, ou no caso do duplo pivot (4x2x3x1 ou 4x2x1x3), poderá ocupar uma das duas posições da primeira linha do meio campo, um pouco à semelhança de Maniche na selecção nacional. Nesse caso, a dinâmica imposta, acabaria por ditar, por um lado, maior consistência defensiva – anulando a eventual e teórica permeabilidade defensiva, que advém da utilização de apenas um médio defensivo – e também maior fluidez na transição ofensiva.
queridas!(*)...mudei de casa
14 years ago
2 comments:
Depende do dia...
Ás vezes é multifunções outras vezes não faz é função nenhuma...
Pois...é como todos nós, nem sempre temos dias bons...
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