É incompreensível a histeria em torno da atribuição – mais que merecida - da bola de ouro ao defesa italiano Fábio Cannavaro.
Se o motivo de tamanho despropósito é o facto de o jogador ser defesa, é necessário recordar que o futebol é um jogo colectivo, com guarda-redes, defesas, médios e avançados, e dentro destas categorias – com excepção do guarda-redes – existem ainda funções específicas. Imagine-se o disparate que seria uma equipa composta por onze Ronaldinhos Gaúchos!
Existirão algumas críticas aos critérios e processo de atribuição do prémio que terão, porventura, algum fundamento, mas neste caso concreto, o que parece estar em causa é o facto de alguns avançados terem sido preteridos em relação ao jogador italiano, consolidando assim uma espécie de superioridade (de ordem estética?) de uns jogadores em relação a outros, tendo em conta as suas funções em campo…
Poderão vir os “estetas” do futebol com as suas fabulosas prosas sobre o “golo”, porque quem gosta e entende verdadeiramente este jogo, tanto aprecia o golo, como o corte providencial que o evita
in extremis…
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