Pode-se falar na indiscutível qualidade das individualidades que compõem a equipa italiana, na pouca sorte de duas lesões no espaço de 15 minutos na equipa portuguesa, e logo na mesma posição, na táctica, no losango ou no pragmatismo característico das equipas italianas, contudo, o que ainda foi mais determinante no desenrolar do jogo, na minha opinião, foi a ausência de Liedson.
Liedson, esta época não tem feito aquilo que mais o celebrizou em Portugal (golos), no entanto a sua influência no futebol do Sporting é incontestável. Esta questão remete-nos também para mais uma idiossincrasia do adepto português, que é a convicção inabalável de que o avançado centro / ponta de lança tem a função única, obrigatória e quase exclusiva de marcar golos. É certo que essa é umas das suas principais funções, mas elas não se esgotam aí, definitivamente.
Liedson, avançado de grande mobilidade, movimenta-se a toda a largura do terreno, alarga as linhas da equipa adversária, desequilibrando-a no seu último reduto, arrasta marcações e abre espaços, que regularmente são explorados pelos médios. No Giuseppe Meazza (é este o nome do estádio quando é o Internazionale a fazer as honras da casa, e não S. Siro, como muitas vezes se ouve e lê por aí), sentiu-se a falta do peso que o levezinho proporciona ao futebol do Sporting.
Ainda assim, como nota final, dizer que é indiscutível que a equipa portuguesa caiu de pé nesta edição da liga dos campeões, como aliás foi unanimemente reconhecido pela generalidade da imprensa desportiva.
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