O clássico que muitos apelidaram de "jogo do título", acabou por ser pouco emotivo, como aliás já se esperava.
Uma primeira parte em que os portistas tiveram mais bola, sem contudo terem criado claras oportunidades de golo, excepção feita ao passe de Lucho a isolar Adriano a que Quim correspondeu com boa defesa. Ainda assim, os outros lances de maior perigo na primeira parte foram da autoria de Petit na recarga de um livre directo e de karagounis num remate de meia distância que Helton, instintivamente defendeu.
O Benfica recuou muito na primeira parte, e esse recuo não deverá ser explicado apenas pela incapacidade física de Katsouranis, e pelo mérito do F.C. Porto, pois a segunda parte foi completamente diferente. Os encarnados surgiram em campo com uma dinâmica de jogo muito forte, à semelhança do que já aconteceu em outros jogos, empurrando os azuis e brancos para a sua grande área. Essa mudança também - e pegando no mesmo critério utilizado no primeiro parágrafo - não se deverá apenas à entrada de Rui Costa para o lugar do cansado Katsouranis, bem como a um presumível demérito do F.C. Porto ou à sua intenção de defender a vantagem .
Em termos colectivos, o Benfica adiantou as suas linhas, fez a pressão alta, houve envolvimento pelas alas, com arrancadas dos dois laterais, e praticamente jogou-se em apenas meio campo (o dos portistas). Em termos individuais, verificou-se uma clara e surpreendente (face ao observado na primeira parte) subida de rendimento de vários jogadores, com particular destaque para Karagounis.
Então, para além dos aspectos já referidos, que outra explicação para as diferenças entre uma e outra parte do jogo, com particular evidência nos encarnados?
Poderá ter acontecido aquela atitude expectante e estratégica da busca do erro do adversário, para assim não se correrem riscos. É em minha opinião o que explica o jogo calculista a que se assistiu durante a primeira parte, por parte das duas equipas, sendo que aí o Benfica terá sido a equipa mais manietada pelo adversário.
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