
Também não deixa de ser curioso o facto de muito ter sido, também, o treinador holandês criticado (aliás à semelhança do que se passou com o seu compatriota Koeman) pelo facto de não fazer um esforço por perceber o futebol português, sobretudo no que respeita aos clubes de média e pequena dimensão, e das suas estratégias ultra defensivas dos "autocarros", propositadamente, ou não, o seu conceito de jogo acabou por prevalecer face às "minas e armadilhas" dos josé motas e dos Ulisses Morais - embora me pareça que tenha sido mesmo pelo facto de Adrianse querer impor o seu modelo e sistema, que é o seu, independentemente do estilo que possa caracterizar o campeonato e as equipas pertencentes ao mesmo, onde ele se encontra, isto é, ele não construiu a forma de jogar em função dos outros, contudo acabou por arranjar maneira de se lhes impor ( e foi sobretudo aí que Adriaanse ganhou, contra as equipas de pequena e média dimensão). Creio que os Motas e os Morais terão ficado confundidos com forma tão arrojada de jogar, e daí terão ficado hesitantes entre definir estratégias que visassem a exploração das debilidades defensivas do F.C. Porto, e estratégias de ainda (vendo as suas equipas serem empurradas para trás) reforçar mais os ditos "autocarros" com mais uns andares!
Ficará para o ano, a confirmação de muita coisa, penso que para o ano será a "prova dos nove" de Adrianse e do seu conceito de jogar, pois não nos podemos esquecer do que esse conceito foi capaz a nível europeu, em que me pareceu claramente que os adversários não hesitaram nada e optaram pela exploração das fragilidades defensivas de um sistema e modelo de jogo que as potencia inequivocamente.
Um dos méritos que também se tem que reconhecer a Adrianse é o facto de as suas escolhas para a constituição de um onze base, não obstante terem estado sempre envoltas em afastamentos polémicos (Diego à cabeça, do ponto de vista táctico e técnico, e do ponto de vista emocional, J.Costa e Baía), terem sido muito bem conseguidas - para aquele sistema foram escolhidos os melhores intérpretes, com evidente destaque para P.Assunção e Pepe - peças chave neste F.C. Porto que Adriaanse construiu, como é reconhecido por toda a gente.
Toda a gente ficou com a ideia que os jogadores apreenderam as ideias do seu treinador, não deixando também de ser surpreendente a forma como ocuparam diferentes posições em diferentes jogos - Pepe, por exemplo, jogou no centro, à direita e à esquerda, entre outros casos.
2 comments:
Paulo, deves ter em consideração que aquando da Liga dos CAmpeões o esquema táctico não estava devidamente assimilado e coincidiu com a fase desastrosa da defesa da equipa.
Também penso que o sistema ainda tem de se submeter à análise "europeia", mas a deste ano não valeu. Para o ano sim: o sistema já está interiorizado, a equipa afinada e a defesa mais segura (com uma ou outra alteração) e sim, para o ano não haverá desculpas.
bom comeco
Post a Comment