Tuesday, January 13, 2009

Leituras

O moço de recados


Não conseguindo arranjar, em tão curto espaço de tempo, um excremento que se faça passar por livro para, sob o pretexto do seu lançamento num qualquer espaço cultural portuense de distinto recorte, vir vomitar a sua ‘fina ironia’, o indivíduo que manda no futebol português – e que foi condenado por corrupção - mandou um dos seus capangas vir a público vomitar um rol de alarvidades e lançar suspeitas idiotas. O lacaio em questão é Presidente de uma Câmara Municipal de uma bela cidade do Norte e, em tempos, como dirigente do Braga, acedeu a jogar uma final da Taça de Portugal com o clube condenado por corrupção nas Antas, o que é interessante.
Interessante também é o facto de, coincidência das coincidências, sob a sua presidência na Câmara, o clube da cidade ter o estádio pago exclusivamente com dinheiros públicos (à semelhança de uma outra infra-estrutura paga pelo erário público situada em Gaia) e depois fazer-se uso de um subterfúgio contratual para o usar como seu. Como interessante é o facto da promiscuidade entre o poder político e o futebol permitir que determinados autarcas (com cargos quase vitalícios) canalizem dinheiros públicos para orçamentos de clubes e SADs (de que a situação entre o Governo Regional da Madeira e o Marítimo também é um exemplo absolutamente atordoante) e promovam a concorrência desleal com clubes que vivem das suas fontes legítimas de receitas.

Diria que ataques ao Glorioso vindos de uma personagem deste calibre só podem significar que estamos no bom caminho.

Ah, só mais um pequeno pormenor. Este idóneo personagem é Presidente da Assembleia Geral da FPF e andou a fazer de anjo da guarda do Gonçalves Pereira (o famoso moço que gostava de brincar ao Terceiro Reich no Conselho de Justiça da FPF) até ao limite do nojo. Parece uma piada, mas não é. O país em que vivemos, esse sim, é uma piada. De mau gosto.



Gwaihir, Tertúlia Benfiquista

2 comments:

Anonymous said...

Houve um tempo em que este era um blogue de "Apenas Futebol".

Agora, tornou-se "Apenas Benfica". O pior é que nem sequer procura ver apenas o Benfica da mesma forma como apenas via o futebol. Agora, vê apenas o Benfica mas apenas de uma perspectiva tão condicionada que não lhe permite, sequer, distinguir os contornos de coisas demasiado evidentes.

A opção é legítima. Vulgar, mas legitima...

Paulo Santos said...

É como a sua opção em vir cá. É legítima, como também é legítima a não vinda. Já quanto ao "vulgar", tenho a dizer que se aplica bem à sua interpretação das coisas...

Passe bem