Thursday, January 20, 2011

SSC Napoli: O despertar de um vulcão?


Distantes no tempo já começam a ficar as erupções que Diego Armando Maradona provocou no mítico S. Paolo e que agitaram toda uma cidade, já por si, dada a estes fenómenos. O vulcão S.Paolo, depois de um longo período de inactividade, e até adormecimento, parece estar a voltar a agitar o povo napolitano.

A glória da década de 80, em que o clube bateu o pé aos todo-poderosos do Norte, não será fácil de repetir, no entanto o clube azzurri, ostenta esta época uma equipa bastante interessante e que se encontra, para já, a discutir o título, posicionado na segunda posição da liga.

O mentor deste projecto dá pelo nome de Walter Mazzarri, e esta época tem sido a continuidade da época transacta, a qual desembocou numa posição europeia na tabela classificativa. A sua passagem em 2007/2008 e 2008/2009 na Sampdoria também já tinha dado boas indicações.
Desde logo, há que destacar uma particularidade técnico-táctica de Mazzarri: a sua preferência por sistemas de três centrais – foi assim em Génova, tem sido assim na cidade napolitana.

Paolo Cannavaro e Campagnaro têm, habitualmente, presença garatinda no eixo defensivo, sendo que a terceira posição tem vindo a ser ocupada alternadamente por Aronica e Grava. No meio-campo, ao centro, dois médios de contenção: Pazienza e Gargano (o benfiquista Yebda tem sido a alternativa mais recorrente); nos corredores laterais, dois alas “carrilleros”: Dossena na esquerda e Maggio na direita. No ataque reside a alma da equipa com o criativo Marek Hamsik, a alternar o seu posicionamento entre o corredor direito e o centro – o que faz oscilar o sistema entre o 3-4-3 e o 3-4-1-2 –, o velocíssimo e desequilibrador Ezequiel Lavezzi e o goleador Edinson Cavani (para já, melhor goleador do campeonato com 13 golos).

A equipa de Mazzarri, sobretudo quando joga em casa, costuma apresentar-se muito pressionante, compacta e sempre com a exploração da velocidade de Lavezzi – uma das suas maiores armas.
A construção de jogo passa, invariavelmente, pelos pés do eslovaco Hamsik, que, não raras vezes, costuma recuar no terreno para dar início a esse processo.

A única dúvida que resta relativamente às eventuais possibilidades de repetir as façanhas da década de 80, relaciona-se com a eventual falta de “banco” que o plantel napolitano tem, comparativamente com os colossos de Milão.

1 comment:

TMK said...

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