A bola começou a rolar a sério no futebol português. Não pretendo alongar-me muito acerca do período de “defeso”. Três jornais diários fizeram-no exaustivamente com maior ou menor responsabilidade e grau de interesse.
Começando pelo Benfica, é de referir que o início de época dificilmente poderia ser pior.
Hoje provavelmente mais de metade da nação benfiquista rejubila com duas notícias: saída de Fernando Santos e regresso de Camacho. Como benfiquista não sinto a menor vontade de rejubilar com o que quer que seja, no entanto não me apetece opinar nessa qualidade, opto sim, por fazê-lo na qualidade de adepto da modalidade que tem as suas opiniões e ideias – pelo menos vou tentar!
Começando pelo Benfica, é de referir que o início de época dificilmente poderia ser pior.
Hoje provavelmente mais de metade da nação benfiquista rejubila com duas notícias: saída de Fernando Santos e regresso de Camacho. Como benfiquista não sinto a menor vontade de rejubilar com o que quer que seja, no entanto não me apetece opinar nessa qualidade, opto sim, por fazê-lo na qualidade de adepto da modalidade que tem as suas opiniões e ideias – pelo menos vou tentar!
Existem várias ideias chave que gostaria de enunciar.
Fernando Santos, para além de nunca ter tido o apoio da esmagadora maioria dos sócios e adeptos desde o primeiro dia em que entrou no Benfica, também se confrontou com um conjunto de dificuldades às quais foi alheio e que resultaram numa época de insucesso para um clube como o Benfica a quem são exigidos títulos. Escusado será recordar a “balbúrdia” vivida no início da época passada e que na minha opinião condicionou toda a época, de forma determinante.
Este ano, nova trapalhada na pré-época. Simão Sabrosa sai definitivamente, numa altura já adiantada dos trabalhos. Juntando-se-lhe os casos de Anderson e Manuel Fernandes – este último caso classifico-o de inadmissível no que respeita a um clube com a dimensão do Benfica. Muita ingenuidade no que respeita à gestão do caso do jovem jogador, quer por parte do treinador, mas sobretudo por parte da estrutura directiva. Somando a isto tudo, a catadupa de lesões que atacou o plantel, temos um autêntico “cocktail molotov” que acabou por rebentar nas mãos do Engenheiro.
Fernando Santos, para além de nunca ter tido o apoio da esmagadora maioria dos sócios e adeptos desde o primeiro dia em que entrou no Benfica, também se confrontou com um conjunto de dificuldades às quais foi alheio e que resultaram numa época de insucesso para um clube como o Benfica a quem são exigidos títulos. Escusado será recordar a “balbúrdia” vivida no início da época passada e que na minha opinião condicionou toda a época, de forma determinante.
Este ano, nova trapalhada na pré-época. Simão Sabrosa sai definitivamente, numa altura já adiantada dos trabalhos. Juntando-se-lhe os casos de Anderson e Manuel Fernandes – este último caso classifico-o de inadmissível no que respeita a um clube com a dimensão do Benfica. Muita ingenuidade no que respeita à gestão do caso do jovem jogador, quer por parte do treinador, mas sobretudo por parte da estrutura directiva. Somando a isto tudo, a catadupa de lesões que atacou o plantel, temos um autêntico “cocktail molotov” que acabou por rebentar nas mãos do Engenheiro.
A culpa de um arranque de época aos solavancos é exclusiva de Fernando Santos? Não me parece.
As maiores críticas que são feitas ao Engenheiro assentam numa má gestão do plantel e numa parca capacidade em termos daquilo que comummente se designa por “gestão de balneário”. Sinceramente, ao nível da gestão do plantel, admito que pudesse ter havido uma maior rotatividade em algumas posições específicas, até porque sempre defendi, ao contrário de muitos, que o clube tinha um bom plantel – muito melhor que em épocas anteriores. Quanto ao segundo aspecto, penso que para além de ser excessivamente valorizado, não existem fundamentos objectivos para que possa ser avaliado com rigor por quem está de fora.
Em termos técnicos e tácticos, Fernando Santos quis impor as suas ideias e mudou de forma significativa o futebol da equipa encarnada face ao estilo que a caracterizara nos últimos anos, antes da sua chegada à Luz. E isso também não foi, naturalmente, um processo simples. Pessoalmente, não me recordo da última época em que o Benfica foi invencível para as provas nacionais em sua casa, antes da época anterior. A única derrota ocorreu frente a um “encolhido” Manchester United que se limitou a tentar controlar o jogo e que o venceu num golpe de contra-ataque, já ao cair do pano. Vi muitas vezes, durante a época transacta, exibições de bom nível da equipa – mais ofensiva, mais pressionante, muito diferente – para melhor, nesse sentido – do que se vira com Trapattoni ou Koeman. No que respeita a resultados, falhou, é certo, mas o título nacional decidiu-se na última jornada numa situação inédita em que qualquer dos três grandes poderia ainda alcançá-lo.
Não vou fazer grandes considerações acerca da saída de Fernando Santos. Apenas me apraz dizer que me parece óbvio o desfasamento entre o discurso da direcção, face ao sucedido no dia de hoje. Excepção feita, naturalmente, ao episódio do "pesadelo" no qual pareceu ter existido uma subliminar mensagem...
Chega agora José António Camacho, por quem muitos benfiquistas suspiraram desde que abandonou o clube para abraçar o seu Real Madrid…
Em termos técnicos e tácticos, Fernando Santos quis impor as suas ideias e mudou de forma significativa o futebol da equipa encarnada face ao estilo que a caracterizara nos últimos anos, antes da sua chegada à Luz. E isso também não foi, naturalmente, um processo simples. Pessoalmente, não me recordo da última época em que o Benfica foi invencível para as provas nacionais em sua casa, antes da época anterior. A única derrota ocorreu frente a um “encolhido” Manchester United que se limitou a tentar controlar o jogo e que o venceu num golpe de contra-ataque, já ao cair do pano. Vi muitas vezes, durante a época transacta, exibições de bom nível da equipa – mais ofensiva, mais pressionante, muito diferente – para melhor, nesse sentido – do que se vira com Trapattoni ou Koeman. No que respeita a resultados, falhou, é certo, mas o título nacional decidiu-se na última jornada numa situação inédita em que qualquer dos três grandes poderia ainda alcançá-lo.
Não vou fazer grandes considerações acerca da saída de Fernando Santos. Apenas me apraz dizer que me parece óbvio o desfasamento entre o discurso da direcção, face ao sucedido no dia de hoje. Excepção feita, naturalmente, ao episódio do "pesadelo" no qual pareceu ter existido uma subliminar mensagem...
Chega agora José António Camacho, por quem muitos benfiquistas suspiraram desde que abandonou o clube para abraçar o seu Real Madrid…
3 comments:
Com uma estrutura directiva dependente dos humores de um presidente esforçado e sem resultados desportivos, o Benfica continua em queda lenta, mas gradual. A verdade é que, neste século XXI, com oito campeonatos já disputados, o Benfica já está muito atrás do Sporting e do FC Porto: tem menos títulos, menos vitórias, menos golos marcados, mais golos sofridos e menos pontos. Num total de 269 jogos deste século, o FC Porto lidera a classificação com 598 pontos e quatro títulos; o Sporting é segundo, com 550 pontos e dois títulos; e o Benfica segue em terceiro, com 535 pontos e apenas um título. Significa isto que o grande Benfica com mais campeonatos e mais taças do que os outros não passa de uma memória cada vez mais distante.
É uma perspectiva muito subjectiva e comprometida. Com rigor, se quisermos falar em distância temporal, penso que é mais lúcido ver as coisas do seguinte modo: Quanto ao F.C. Porto nada a dizer -a hegemonia dura há quase duas décadas, já quanto ao Sporting, é necessário referir que não ganha um título nacional há oito anos, o mesmo tempo que levou até conquistar a sua Taça de Portugal do ano passado, o que configura uma memória - essa sim - mais distante.
Já o Benfica, foi campeão há duas épocas atrás, e conquistou uma Taça de Portugal há três, o que configura uma memória muito mais próxima.
O que se passa é uma crise absolutamente natural em clubes da dimensão do Benfica. Já o clube de Alvalade vive em situação económica e financeira muito complicada que apenas tem sido atenuada graças à sua política de formação -a única "bandeira" credível do clube neste - se quiser - Século XXI.
Obrigado pela visita
Culpado foi quem colocou lá este incompetente.
Post a Comment