Quando não se está a refastelar em almoçaradas ou jantaradas (habitualmente pagas) no restaurante Catedral, no estádio da Luz, José Manuel Delgado é a voz do "dono" nas páginas do jornal “A Bola”. Isto é do conhecimento geral e portanto não espanta muito. No entanto, e como nos últimos tempos, a estratégia do “dono” é a do vale tudo, Delgado lança hoje nas páginas do jornal onde escreve, uma teoria da conspiração digna de poder – com um pouco mais de esforço, diga-se – dar corpo a uma série televisiva que possa ombrear com um qualquer prison break. A história que Delgado conta começa logo com um título pomposamente ridículo, fazendo alusão a um período da história do país – o período filipino e a um assalto espanhol ao Sport Lisboa e Benfica. Segundo fontes "altamente colocadas" – não se sabe muito bem onde, mas também não interessa muito – haveria uma operação, altamente complexa – de facto, a complexidade da tese é tanta que não se chega a perceber grande coisa da mesma – com várias entidades, fusões entre elas, algumas dessas fusões encontrando-se ainda no plano das previsões, empréstimos bancários. Enfim, uma salganhada apenas passível de ser engendrada por um jornalista (?!) como Delgado. A coisa mete a Prisa, a Cofina, a Mediacapital/TVI, uma tal de Mediapro, outras entidades que ainda não existem, e por aí fora, pelo meio José Eduardo Moniz é, para o articulista, o facilitador do negócio que viabilizaria a venda dos direitos televisivos dos jogos do Benfica à TVI. E Delgado até adianta, sem explicar como lá chega, o valor da negociata – oito milhões de euros / época!! Mas a tese não fica por aqui, não, isto ainda não é nada. Segundo as mesmas fontes “altamente colocadas”, O futebol do Benfica com Moniz seria colocado nas mãos de investidores privados…mais uma vez, a caneta de aluguer de Vieira se esquece de, para uma conclusão desta espécie, estabelecer um nexo de causalidade minimamente congruente e coerente, basta a garantia das fontes e da sua alegada boa “colocação”. Isto é o jornalismo que se pratica no jornal que em tempos chegou a ser uma referência da comunicação social, e até, da cultura portuguesa.
Mas José Manuel Delgado, não contente ainda com esta história fabulosa, na última página do jornal, no seu habitual espaço de opinião, tem o fantástico descaramento de pedir ao presidente demissionário da Assembleia Geral – aquele que compactuou com o maior golpe anti-democrático que o Benfica já viveu – para que seja benevolente para com Bruno Carvalho, no sentido de permitir a viabilização da sua candidatura, isto em nome da tradição democrática do clube, que merece ter um acto eleitoral que não seja de candidato único. Dá para acreditar nisto?!!
queridas!(*)...mudei de casa
13 years ago